Bad Content Marketing: quando ocorre e dicas para evitá-lo

Atualmente é praticamente impossível pensar estratégias de marketing digital, sem que se tenha uma produção consistente de marketing de conteúdo. Isso ocorre especialmente pelo fato que as empresas buscam se afirmarem como especialistas ou referências em sua área e uma das formas mais eficientes de se demonstrar essa autoridade, é através de artigos relacionados ao seu ramo de atuação. 

Porém, como temos muitas empresas produzindo muito conteúdo, os consumidores passaram a lidar com o que ficou conhecido como “bad content marketing”. O problema é que com isso, ao invés de resultados positivos, se atinge exatamente o inverso. Por conta disso explicaremos um pouco do que se trata essa situação e como evitá-la 

Bad content marketing: o que é? 

O termo nada mais é que um estrangeirismo para “conteúdo de marketing ruim”. Isso acontece normalmente quando o conteúdo é simplesmente feito de uma forma que agrega pouco ou nada ao assunto em questão, sendo feito apenas para melhorar a visibilidade e gerar tráfego através do SEO. 

Parece estranho dizer isso, quando é exatamente essa a função do marketing de conteúdo (e não há nada errado nisso, cabe ressaltar), mas mesmo dentro desse universo, ainda podemos ter produções ruins e que acabam por prejudicar a imagem da marca ao serem feitas. 

Neste caso, podemos exemplificar como não cobrir um novo terreno, não ter pontos fortes, não oferecer novas pesquisas e muitas vezes, nem estar bem escrito, acabando cheio de erros de digitação e semântica. 

Como ocorre o bad content marketing? 

Isso muitas vezes pode passar despercebido para a equipe que produz e verifica os conteúdos postados, mas para o leitor esses problemas são muito evidentes. Vamos ver alguns dos bad content marketing mais comuns: 

1 – Autopromoção descarada 

Você já deve ter se deparado com artigos ou marketing de conteúdo que fala descaradamente para que se pare de dar atenção a todos os produtos que você usa e “conheça essa solução revolucionária que temos a lhe oferecer”.  

O fato de ainda termos tantos desses conteúdos por aí, mostra que muitos ainda acreditam nele, mesmo que a grande maioria das pessoas ao ver um artigo que traga “análises” como essa, já o desconsidere totalmente, mesmo que tenham coisas boas nele também.  

Em um caso como esse, você pode de fato abordar um problema em que seu produto é a solução, mas sem necessariamente falar dele de forma tão explícita. Vamos pegar um exemplo: você trabalha com cadeiras para escritório anatômicas.  

Ao invés de ficar falando sobre a qualidade de seu produto, você pode trazer um texto falando sobre como ficar sentado de forma inadequada pode ser prejudicial à saúde e como assentos anatômicos podem tornar o trabalho mais confortável e melhorar a qualidade de vida da pessoa ou dos funcionários. 

A diferença aqui é que a pessoa está lendo isso na sua página e ao perceber que é um conteúdo útil e que não está empurrando descaradamente algo na cara dela, considerará seus produtos no momento em que ela busque comprar cadeiras novas. 

2 – Não conhecer seu público-alvo 

Cá estamos novamente falando sobre a importância de ter uma base de dados e conhecer seu público-alvo. E aqui temos mais um dos problemas ao não se ter uma boa base de dados e não definir uma persona. Com isso, pode-se cair em vários equívocos como: 

  • Desconhecer os locais onde seu público está (leia-se redes sociais); 
  • Não saber o que seu público vê como maior qualidade no que você oferece; 
  • Desconhecer como seu público trata seu produto e com isso se valer de palavras-chave que eles não utilizam em pesquisa. 

Como trouxemos em artigos anteriores, quanto mais você puder definir uma persona ideal, mais fácil fica para criar ações de marketing mais assertivas, que cheguem de fato a eles. 

3 – Dados jogados a esmo 

Você embasar aquilo em que está falando em dados concretos é muito importante, mas apenas isso não é necessariamente suficiente. Isso ocorre porque pesquisas, estatísticas, declarações e entrevistas devem estar ali como uma forma de enriquecer o conteúdo que você está abordando.  

Uma forma muito comum de bad content marketing é você ter esses dados dispostos ali como toda a sustentação do que você está explanando. Ou seja, ao invés de o foco principal ser a sua argumentação, você ancora tudo o que quer transmitir naqueles diversos dados que você levantou. 

Eles podem ser extremamente úteis e servir para referendar todo o argumento construído ao longo do texto. Porém, se tudo o que você deseja transmitir, você o quer fazer apenas com dados e estatísticas, há uma grande chance do leitor não entender nada e considerar seu texto uma grande perda de tempo. 

É preciso ter em mente que no marketing de conteúdo, como em qualquer texto informativo, a função do escritor é pegar o leitor pela mão e conduzi-lo. E não porque você o considera incapaz ou mesmo porque quer manipulá-lo, mas sim porque você está trazendo uma informação que se imagina ser nova para ele, então deve-se ser o mais claro possível, sem deixar margem para dúvidas. 

O intuito é que ao final do seu artigo, o leitor compreenda exatamente tudo aquilo que você quis passar. Ele concordar ou discordar faz parte, mas ele precisa considerar pelo menos que aquilo que você trouxe é consistente e não apenas um monte de estatísticas mal fundamentadas. 

4 – Textos longos demais e sem divisão 

Vivemos uma fase da era digital em que cada vez menos as pessoas param para ler conteúdos muito longos de uma vez. Normalmente como elas estão fazendo diversas coisas ao mesmo tempo, elas vão lendo aos poucos. E qual a melhor forma de facilitar a vida do leitor? Pode ser com mídias como fotos, vídeos ou então com listas, ou um texto bem dividido em tópicos. 

A ideia aqui é tornar a leitura menos cansativa e que possibilite principalmente que ele possa fazer uma pausa sem se perder no conteúdo. Para entender melhor: imagine um texto com 1500 palavras e sem nenhuma divisão por tópico? Ele vai acabar tornando-se cansativo e fazendo com que a pessoa desista de lê-lo. 

Por outro lado, você também não pode fazer um conteúdo pequeno demais, pois ele simplesmente nem será ranqueado em motores de pesquisa como o Google. O principal aqui é que você passe sua informação utilizando o quanto de texto for necessário, mas que faça isso da forma mais agradável possível, sem tornar sua leitura cansativa. 

5 – Não promover o conteúdo e não entender que isso é um processo de longo prazo 

Essa parte do bad content marketing é diretamente relacionada a forma como o conteúdo é trabalhado pela empresa. Isso porque mesmo que o conteúdo seja bem-feito, siga todos os passos para ser atrativo, persuasivo e agradável ao leitor, se ele não for promovido de alguma forma, os resultados serão muito abaixo do que se espera. 

Divulgação em redes, anúncios pagos, e-mail marketing são algumas das opções para que além de um bom texto, ele também tenha um bom alcance. Esse é um erro que pode levar a outro: o de achar que os resultados precisam ser “para ontem”.  

O trabalho com marketing de conteúdo leva tempo, pois o público não apenas precisa se acostumar a ler aquilo que você tem a transmitir, como também precisa ver que você é uma fonte confiável. Porém tudo isso leva tempo, mas é comum você ter locais que investem poucos meses e largam no meio do caminho, achando que o resultado não veio como queriam. 

Só que é preciso ter em mente que esse é um crescimento gradual, justamente porque precisa ser consistente. Pois só assim se conseguirá um público cativo e potenciais leads para sua empresa. 

Considerações finais 

Hoje é comum cair em muitos dos erros do bad content marketing, como estes que abordamos, que são os mais recorrentes. Para além de ter uma equipe competente trabalhando no seu marketing digital, também é preciso entender que nem sempre uma forma muito agressiva de abordar temas, terá bom resultado. 

O público hoje, assim como é bombardeado por informações o tempo todo, também o é por anúncios, então ele não gosta de se sentir pressionado ou mesmo “acuado” com um texto que pareça muito agressivo na tentativa de persuadi-lo.  

É preciso sempre lembrar que não há problema em fazer um marketing de conteúdo voltado para a venda diretamente, mas pode-se fazer isso de uma forma mais eficiente e sutil. Dessa forma você consegue passar sua mensagem e ainda sim cativar o potencial cliente. 

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