IA na produção de textos: as máquinas já são capazes disso?

A presença da inteligência artificial no mundo é difícil muitas vezes de mensurar, pois praticamente em todas as áreas possíveis, temos sua participação de alguma forma. Com isso, não seria de se estranhar que ela também começasse a se mostrar em textos, seja noticiosos, seja de marketing de conteúdo (por exemplo este que fazemos agora, mas que não foi feito por uma IA). 

Só que naturalmente, um tema como esse, levanta diversas questões, sobre as quais iremos falar melhor neste artigo. 

Qual o atual passo da evolução da IA na produção de textos? 

Talvez o sistema mais avançado, seja aquele feito pela empresa OpenAI, uma organização que está por traz da ferramenta GPT (Generative Pretrained Transformer). Em dezembro de 2022, foi lançado o modelo 3.5 dela, que é uma espécie e transição para o 4, que chegará possivelmente ainda em 2023. 

Mas como ela funciona? A GPT atua como modelo de linguagem baseado em redes neurais, que é um conceito muito relacionado a IAs. Ele atua como um mecanismo que prevê a possibilidade de uma sentença de texto ser coerente, ou seja, que faça sentido para ser compreendido por uma pessoa. 

Atualmente ele conta com cerca de 175 bilhões de parâmetros e que conta com uma base de textos consideravelmente maior que seu antecessor. A expectativa é que o GPT-4 conte com 100 trilhões de parâmetros. 

Em termos práticos, como ele pode ser usado? Atualmente, a principal função deles está nos chatbots, que buscam oferecer uma interação mais objetiva com os usuários. Porém, a intenção é de que futuramente ele também possa produzir textos e outros tipos de conteúdo escrito. 

Entendendo o conceito por trás de uma produção de texto 

Pode parecer estranho falar sobre algo que normalmente vemos na escola, durante as aulas de redação. Contudo, pensando especialmente em pessoas que trabalham com a produção de texto em geral, há uma linha muito clara que deve ser seguida. Isso porque quando você lê um texto, do mais simples ao mais elaborado, ele precisa oferecer diversos elementos que permitam sua compreensão sobre aquilo que o autor está tentando lhe transmitir. 

Vamos pensar em um caso mais simples, como a transmissão de uma notícia. Para que haja a compreensão daquilo que se quer passar, ela deve apresentar os fatos de uma forma coerente e organizados de tal forma que, ao final, você possa entender exatamente aquilo que quer ser informado. 

Podemos colocar que a elaboração de textos conta com alguns pontos principais, como: 

  • Apresentar um tema, uma dúvida ou uma questão a ser explanada; 
  • Buscar fontes internas ou externas para lidar com aquilo que foi proposto. Neste caso podemos colocar a vivência, memórias, conhecimento adquirido (internas) ou mesmo entrevistas, questionamentos (externas) como exemplos; 
  • Cruzar todas essas informações obtidas através das fontes para criar um ponto de vista, que seja para defender uma tese, explanar algo, informar um fato, etc; 
  • Por fim, criar o texto em si, que seja coerente, respeitando as regras ortográficas e que conte com uma estrutura inteligível. 

Seguindo todos esses passos, você terá ao final um texto pronto para que sua mensagem possa ser transmitida da melhor forma possível.  

Como as empresas podem fazer uso da IA na produção de textos? 

Atualmente como citamos, a principal função da que temos para a IA é no uso dos chatbots. Só que a intenção é que no futuro, tenhamos elas também atuando na produção de conteúdos e até mesmo criando e desenvolvendo ações de marketing.  

Seguindo o mesmo princípio da IA na produção de textos, isso seria feito a partir de um volume gigantesco de dados para traçar perfis, nichos e oportunidades. Só que isso iria muito além da produção destes artigos, mas sim pegando todo o processo criativo. 

Há riscos em um uso tão abrangente da IA? 

Como estamos vivendo esse processo, a resposta não é tão simples, já que entra no campo do desconhecido. Sabemos que teremos muitas empresas que buscarão sim fazer uso da IA na produção de textos e até mesmo para que ela possa vir a fazer todas as peças publicitárias, baseado em tudo que o programa já possui e/ou assimilou. 

Só que delegar tudo isso apenas a IA, sem que haja o elemento humano, pode ter um efeito muito negativo. Isso porque a partir do momento que você delega algo a uma máquina, o cálculo dela desconsiderará o fator empático que uma pessoa tem ao criar algo, sendo algo muito mais “frio”, deixando de lado por exemplo o fator do marketing humanizado, algo em alta nos dias de hoje. 

Além disso, se mais pessoas se valerem do mesmo programa e quiserem criar coisas para um determinado nicho, há uma grande chance de termos uma avalanche de conteúdos padronizados e sem algo que traga uma identidade à empresa. Porque, vamos lembrar que por mais que uma máquina tenha uma infinidade de dados impossível para uma mente humana armazenar, a inteligência emocional não poderá ser replicada. 

Qual a melhor forma de usar a IA? 

De maneira geral, a Inteligência artificial vêm sendo bem usada nos exemplos já citados, mas ela também pode ter uma função importante no que diz respeito a textos e até mesmo campanhas, desde que seja um elemento de auxílio na produção, ou seja, algo que venha a somar.  

Por exemplo, trazer elementos para um texto ou artigo que possa ter passado batido ou mesmo se atentar a elementos em uma campanha que possam ser melhor aproveitados pelo marketing. No fim das contas, a resposta sobre o uso da tecnologia é quase sempre o mesmo: ela pode ser muito útil, desde que seja bem utilizada.  

Caso se faça um uso descontrolado ou que vise a economia e maximização do lucro a todo custo, o resultado poderá ser adverso, trazendo prejuízo e até mesmo uma imagem desfavorável para a marca. Afinal, por mais que uma máquina consiga atingir uma boa capacidade de comunicação, como vemos sempre que as pessoas querem se comunicar ou serem atendidas, elas buscam o contato com outra pessoa, que conseguirá compreender aquilo que ela sente e/ou necessita naquele momento. 

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