A polêmica em torno da publicidade infantil e como ela mudou através o tempo

Você com certeza deve se lembrar de algum comercial ou propaganda que marcou a sua infância e te fez querer o produto anunciado. A publicidade infantil tem essa capacidade única de encantar, influenciar e moldar o imaginário, e é exatamente em meio a esse cenário que surge uma pergunta essencial: como equilibrar o poder do marketing com a responsabilidade social?

Neste blog, exploraremos a evolução da publicidade infantil e a adaptação das empresas diante das novas tendências e exigências.

História da publicidade infantil

A publicidade infantil começou no início do século XX, através de anúncios em revistas e rádios que destacavam produtos voltados para crianças, como brinquedos e doces.

Nos anos 1950 e 60, com o advento da televisão, a publicidade infantil se consolidou e comerciais icônicos e personagens carismáticos, como mascotes e desenhos animados, surgiram para aproximar as marcas das crianças.

Foi nessa época que a prática de veicular anúncios durante programas infantis se tornou uma poderosa estratégia de marketing. O consumo começou a ser ligado ao entretenimento, criando uma cultura de desejo e pertencimento desde cedo.

Isso fez com que em 80 e 90 o consumismo infantil estivesse no seu auge, trazendo também diversas críticas sobre a influência da publicidade nas crianças em formação. Muitos psicólogos alertavam sobre os efeitos nocivos no comportamento, materialismo precoce e aumento na pressão sobre os pais.

Com isso, regulamentações mais rígidas começaram a surgir em diversos países, limitando a exposição de crianças a certos tipos de propaganda. Mas nos anos 2000, o desafio se tornou ainda maior com a ascensão da internet e das redes sociais. Por isso que hoje há regulamentações mais severas que cobram que as marcas sejam mais cuidadosas nesse aspecto.

A problematização da publicidade infantil no Brasil

Atualmente, devido aos diversos estudos e comprovações sobre os efeitos nocivos da propaganda para o desenvolvimento infantil, muitos países, inclusive o Brasil, criaram leis específicas para atender essa situação, já falamos um pouco sobre elas em nosso blog mais recente.

Só que isso causa uma divisão de opiniões, pois se de um lado temos ideias que argumentam que essas limitações são essenciais para proteger as crianças de influências prejudiciais. Por outro lado, anunciantes e empresas afirmam que as restrições afetam negativamente a economia e os negócios.

A polêmica revela um choque entre interesses econômicos e responsabilidade social, desafiando empresas a repensarem suas estratégias e encontrarem formas criativas de engajar esse público de maneira ética e responsável.

As propagandas que deram certo

Mesmo com as restrições, muitas marcas se adaptaram e desenvolveram campanhas criativas e responsáveis, voltadas para o público infantil e suas famílias. Veja a seguir algumas delas:

Nestlé – “A vida não pode ser só no sofá”

Nestle – A vida nao pode ser so no sofa

Nessa propaganda, apesar de já ter 10 anos do seu lançamento, a Nestlé acertou em cheio ao promover um estilo de vida equilibrado, incentivando a prática de atividades físicas e momentos de lazer para criança, evidenciando a importância de construir hábitos saudáveis sem apelar diretamente para o consumo.

Vigor- Linha Infantil Vigor

Vigor Linha Infantil Vigor

Em 2009, a Vigor lançou sua linha infantil com uma propaganda que se mostrava preocupada com meio ambiente. Isso porque uma das ações foi desenvolver um anúncio que mostrava o que pode ser feito com as embalagens de iogurte, sem promover um teor apelativo para compra.

Lego – “Rebuild the World”

Lego – Rebuild the World

Por meio dessa campanha, a Lego incentivou a criatividade e o aprendizado através da construção com peças. Em vez de apelar para o consumo, a marca promoveu a ideia de que “brincar é construir”, enfatizando o valor da imaginação.

Esses exemplos mostram que as marcas têm a responsabilidade de não apenas vender produtos, mas também de educar e empoderar as crianças e suas famílias, promovendo valores que contribuam para o desenvolvimento saudável e consciente. Por isso, a publicidade deve ir além do apelo ao consumo imediato, buscando construir relacionamentos duradouros com o público.

Na Universo Consultoria, acreditamos que as empresas podem, sim, promover suas marcas de forma criativa e responsável, construindo uma comunicação que respeite as necessidades e o desenvolvimento infantil.

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