Estamos na semana mundial do rádio e aproveitamos a data comemorativa de um dos meios de comunicação mais antigos em uso para discutir o seguinte tema: vale a pena investir em publicidade no rádio?
Contextualizaremos melhor a atual situação do rádio e assim explicar se vale ou não investir neste meio.
Rádio: um meio de comunicação superado?
Esta não é exatamente uma discussão nova, pois quando a TV surgiu muitos decretaram o fim do rádio. Porém, o tempo mostrou que o rádio seguiu firme como um elemento com forte presença entre todos os segmentos da população.
Só que com a era digital, que trouxe um maior foco em informações e notícias voltadas para dispositivos móveis, smartphones, smartwatches, Smart TVs, entre outros, isso poderia fazer com que aqueles que ouviam o rádio para saber das notícias o trocassem por estes meios.
Situação similar acontece com o crescimento dos streamings de música como Spotify e Deezer, que possibilitam à pessoa ouvir a música que quer e na hora que quer, o que também poderia tirar um público até então cativo do rádio.
Só que mesmo com essas situações que poderiam ser uma real ameaça para o rádio, a única grande mudança que tivemos foi a readequação das estações AM para FM estendida (você pode saber mais detalhes sobre o tema neste link), mas que tem uma questão técnica por trás da alteração.
Ou seja, o rádio mostrou que mesmo com a explosão de conteúdos digitais, as pessoas não o abandonaram. Isso mostra que o meio de comunicação seguirá presente em nossas vidas.
As razões por trás da sobrevivência do rádio
Primeiramente é preciso entender que não há apenas um motivo, mas sim diversos fatores que levam a essa sobrevivência, entre as quais podemos destacar:
- Hábito – muitas pessoas cresceram com os pais ouvindo e também criaram este costume de ouvir;
- Internet – nem todos têm acesso a pacotes robustos de internet quando estão na rua, fazendo dele uma alternativa melhor e gratuita para ouvir música ou notícias;
- Esporte – o costume de ouvir jogo no rádio segue forte, especialmente por aquelas pessoas que estão fora de casa e querem acompanhar seu time do coração;
- Trânsito – como é comum ouvir de diversos participantes de programas de rádio, as pessoas seguem escutando enquanto estão dirigindo;
- Opção prática e barata para o dia a dia – quando a pessoa está fazendo alguma atividade e deseja ficar ouvindo algo, ela pode simplesmente ligá-lo e deixar. Além de não gastar nada com assinaturas ou internet, não precisa se preocupar em ficar interrompendo anúncios (como no YouTube) ou mesmo mudando listas (no caso de streamings ou do próprio YouTube).
Outro detalhe a ser notado é que grande parte das rádios já conta com transmissão digital, seja por site ou mesmo YouTube, mostrando também uma adaptação delas a uma nova realidade.
Qual o público que ouve rádio?
Há um senso comum que hoje este meio é apenas voltado para pessoas mais velhas e não habituadas à era digital. Contudo, segundo pesquisa da YouGov Profiles, a realidade é muito diferente.
Segundo ela, cerca de um terço da população em geral diz que ouve entre 1 e 5 horas de rádio por semana. O meio é mais popular entre os adultos dos 45 aos 54 anos (38% deste segmento ouve entre 1 e 5 horas por semana) e entre aqueles com mais de 55 anos (quatro em cada 10 ouvem rádio entre 1 e 5 horas por semana), algo que até compactua com o senso comum.
Contudo, temos outros dois dados muito importantes que chamam atenção: um quinto dos jovens entre 18 e 24 anos ouve mais de duas horas de rádio por dia, em média, e 20% dos usuários de celular no Brasil afirmam ouvir o meio com o auxílio do aparelho diariamente.
Como o público de rádio consome a publicidade?
A pesquisa mostrou ainda outros dados interessantes. Por exemplo, ao serem colocados sobre o seguinte questionamento: “Eu noto os anúncios no rádio mais do que em outros lugares”, cerca de 32% dos consumidores no Brasil dizem prestar mais atenção à propaganda nele, do que as que consomem em outros canais de massa.
Esse número é particularmente valioso quando olhamos outros em que, 43% daqueles que usam ativamente adblocks ao navegar na internet e 47% daqueles que consideram que publicidade hiper personalizada os assusta, prestam mais atenção nos anúncios de rádio que em outros lugares.
Ainda dentro desse questionário, temos também os números por faixa etária:
- 36% dos 35 aos 44 anos;
- 35% dos 25 aos 34 anos;
- 33% dos 45 aos 54 anos;
- 28% dos 18 aos 24 anos;
- 27% dos 55+ anos.
Estes percentuais mostram que independente da faixa etária, temos um público bem razoável que presta atenção nos anúncios de rádio, fazendo dele uma boa alternativa para publicidade.
Vantagens de anunciar no rádio
Com estes números, fica claro que o meio de comunicação segue sendo um ótimo local para se investir, independente da faixa etária. Isso porque, além do custo mais baixo, você conta com um bom poder de conversão, possibilidade de alcance nacional e, ao contrário do que muitos podem imaginar, capacidade de segmentação.
Importante destacar que esse tipo de segmentação já existe há anos com o rádio. O motivo é que audiência possui diversos perfis bem definidos: quem ouve música, quem participa de programas ao vivo, quem acompanha esportes ou se interessa por noticiário, etc. E a partir daí, a empresa poderá definir em quais programas ou horários que deseja anunciar, sabendo que conseguirá atingir seu público-alvo.
Considerações finais
Tivemos em vista apresentar o cenário atual para mostrar claramente que o rádio está muito longe de ser um meio de comunicação superado e, na verdade, segue conseguindo adeptos nas novas gerações.
Com isso temos um lugar ótimo para se investir em publicidade, acessível para muitos, segmentado e com um público que normalmente prestará atenção ao anúncio. Importante aqui será ter um bom plano de marketing que saiba utilizar da melhor forma este meio de comunicação.
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